segunda-feira, 8 de maio de 2017



Uma nova ponte sobre o Tejo

Uma nova travessia sobre o rio Tejo, no prolongamento do IC9, entre Abrantes e Constância, seria determinante para a coesão territorial da região do Médio Tejo e uma via facilitadora do seu desenvolvimento económico e social.
O MODO Arquitecto coloca uma ideia de projeto para uma nova ponte que venha a ligar Montalvo ao Tramagal, exatamente no limite dos concelhos de Abrantes e Constância.

A ideia da nova travessia que este gabinete de arquitetos reintroduz na discussão pública, acrescentando-lhe os traços de um possível projeto, dando forma e imagem à ambição de agentes políticos, económicos, sociais e da própria população, surge num momento em que está em curso a linha de financiamento Portugal 2020. Este quadro comunitário é uma oportunidade derradeira de viabilização deste projeto.


Uma alternativa às centenárias
e sobrecarregadas pontes atuais

Este projeto pensado para o nó de Montalvo (A23) considera o contexto atual, caracterizado pelos evidentes constrangimentos de circulação nas infraestruturas existentes, para além do “cansaço” próprio de mais de um século de existência destas estruturas são fatores que conduzem à urgência da implantação da nova ponte e aos quais se deve juntar o também urgente desenvolvimento desta região.

Vejam-se os casos das pontes de Constância e Chamusca, que apresentam “grandes limitações”, e que se situam junto de importantes empresas de relativa dimensão, como a Caima, ou a Mitsubishi no Tramagal ou ainda o Eco-Parque do Relvão, na Chamusca. A ponte de Constância mantém, aliás, a limitação de circulação de viaturas pesadas. No caso de Abrantes, o recente investimento na reabilitação da ponte continua a não resolver o trafego intenso de ligeiros e pesados. Muitos dos que se deslocam para o sul do país, passaram a optar por este acesso depois da introdução das portagens na A23. Um quadro que inevitavelmente nos leva à difícil fluidez do tráfego, à degradação das vias e à diminuição da segurança.

Uma nova ponte rodoviária sobre o rio Tejo está prevista no traçado do IC9, há mais de 10 anos. Ainda assim, e apesar disso, continua a ser adiada pelos sucessivos governos e afastada das intenções e prioridades de investimento da EP - Estradas de Portugal.” O arquiteto defende que “a sociedade civil, empresas, instituições e população em geral não devem abdicar do seu papel interventivo, um papel que pode ser decisivo na concretização de projetos como este.

Considerando a urgência e a necessidade desta obra, o MODO Arquitectos propõe uma implantação faseada da ponte: numa primeira fase, seria construída a ponte rodoviária sobre o rio Tejo, podendo não ter perfil de autoestrada, prevendo-se, numa fase posterior, a respetiva adaptação com a construção do IC9 prevendo-se localizá-la no nó de Montalvo (A23), o que irá permitir o estabelecimento das ligações rodoviárias entre a margem direita e esquerda do rio Tejo e entre a A23 (a Norte) e a EN2 (a Sul).”


O projeto

A ponte que o MODO propõe para Montalvo procura alinhar com as estruturas metálicas que encontramos nas pontas da Chamusca e de Constância, mantendo a identidade construtiva, reconhecendo que estes dois elementos são património e marca da memória visual que temos da região do Médio Tejo.
A ponte de Montalvo é aqui composta por uma estrutura metálica em perfis diagonais  de cantoneiras, fazendo um "T", e elementos verticais com peças que formam um "H". Nas extremidades há peças de maior dimensão para lhe conferir rigidez. 
A ideia para esta ponte assenta na conceção de um elemento que se repete, contínuo mas alternado, introduzindo um efeito de perspetiva dinâmica ao longo do percurso: 2,9 quilómetros com 12 metros de largura, permitindo uma faixa em cada sentido e associando uma ciclovia.
O MODO Arquitectos pinta de amarelo ocre este “túnel” sobre o rio, trazendo para esta nova travessia, uma das tradicionais cores portuguesas, que encontramos muito presente no nosso território.

2 comentários:

  1. E muito bem vinda esta ponte. Ha imensoa anos que as populaçoes anseiam por elas e vao resolver muito bem o trafico rodoviario Que se concretize e o meu desejo

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  2. Creio que seja mais urgente recuperar as existentes do que fazer uma nova. O projecto também, a meu ver, choca com a paisagem. Uma extensão demasiado grande de ponte, e totalmente desnecessária, uma cor que choca. Os projectos arquitectónicos para serem bons não precisam chocar, chamar a atenção para si. Infelizmente parece-me que os arquitectos actuais pensam pouco no belo, tendo apenas o objectivo de marcar a paisagem com o que é seu. Uma ponte que se notasse o mínimo possível era muito mais agradável para todos.

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